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Ter filhos para quê? Uma visão reichiana

27/1/2020

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Tenho refletido muito sobre a maternidade. Provavelmente porque passo pela fase inevitável e também universal, pelo menos no universo feminino, da proximidade dos 40 e dos limites biológicos que isso impõe. 

Sim clichê, mas as coisas são clichês por um motivo, não é? Elas se repetem... São comuns e cotidianas.
Vejo hoje uma consciência muito maior sobre a maternidade compulsória. Em qualquer roda de mulheres facilmente se chega ao consenso que de as pessoas não são obrigadas a ter filhos.

​Já me parece senso comum, e algum avanço em relação às décadas anteriores. O que eu pergunto nessas rodas é: Pra quê? 
Para que você quer ter um filho? As discussões e reflexões ficam estagnadas no quero ou não quero porque gosto ou não de crianças. Quero ou não quero passar pelas noites mal dormidas. E é claro que essas perguntas precisam também ser feitas, mas elas são só as primeiras camadas da cebola. Tem muitas outras que precisam ser desvendadas.
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Para quê ter um filho? Eu nem vou comentar as frases que por mais comuns que sejam na boca das pessoas, ainda conseguem me surpreender como: “quem vai cuidar de você quando ficar velho”. Como se gerar uma vida, um ser humano inteiro, uma vida de afetos se resumisse a uma aposentadoria privada e um cuidador de idosos. Que por acaso o dinheiro pode comprar, os filhos não são necessários para isso.
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Aí vem a pergunta. Para quê, então? 99% das vezes as pessoas não sabem me responder. Tem um desejo que não sabem de onde, não sabem se é delas. Não sabem se é só uma reprodução como o “Zé ninguém” do Reich. Sujeito cordial, polido, que segue o script sem questionar. Casa, faz festa, vai pra lua de mel, o casamento fica ruim, tem o primeiro filho, batiza, faz sessão de fotos infantis, posta no Instagram, o casamento fica pior ainda, tem o segundo filho, um (a) amante fixo aparece... 
Zé ninguém é um sujeito polido, mas também revoltado, que desconta na família seja com violência, seja com omissão a raiva que sente de seguir um script que não escolheu. Ter filhos no automático, sem pensar. “É isso que se espera”. E é isso que um dia vai me fazer feliz, se não no primeiro, mas no segundo filho...
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Escuto também relatos que pessoas que querem deixar um legado, uma ideia de continuidade. Um medo da finitude, e uma necessidade de ser lembrado. Que nada mais é que o narcisismo falando mais alto.  Querem vestir uma bonequinha, querem levar o filho ao jogo de futebol. 

​Existe uma inconsciência dos pais que não se dão contam de que os filhos têm o direito de escolherem para que clube de futebol eles vão torcer. Mas ao invés disso já saem da maternidade com o escudo do time. 

Outros que são “apaixonados” por bebês e crianças. 


​Amam dar beijinhos e abraços e sonham com esse momento. Um lugar “seguro” para expressar uma oralidade mal resolvida. Não sabendo que sem um devido trabalho terapêutico não há beijos suficientes que aplaquem esse impulso insatisfeito. 
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E outros que ao serem perguntados do “pra quê” dizem com palavras mais sutis que querem uma companhia. Que na sua incapacidade de se abrir e criar laços reais com as pessoas, impõem essa tarefa aos filhos, que esses sim: “faço muito por eles, e eles tem a obrigação de me aturar”.

Um filho ao mesmo tempo que é uma parte da gente também é um ser humano inteiro. Que precisa ser descoberto e não moldado.
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Muito mais que as nossas palavras, as atitudes e principalmente a forma como lidamos com as nossas emoções vão influencia-los e marca-los. Mas isso tem muito mais a ver com o nosso próprio trabalho de autoconhecimento e desenvolvimento do que com uma tentativa direta de influenciá-los.

Um olhar mais Reichiano da maternidade seria de ter capaz de se abrir para uma troca de afeto mais fluida e real. De uma mulher inteira e não naquele papel de mãe esperado e idealizado. Capaz de realmente ver o seu filho (a) como quem é nas diversas fases do seu desenvolvimento e não suas projeções e fantasias.
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Parece simples e é. Mas ninguém falou que era fácil. 
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Eu certamente vou cair nas varias armadilhas do ego que descrevi aqui. Aqueles que já entraram nessa aventura podem estar usando agora aquele 
emoji com a mão no queixo e pensando. “Espera só ela ter o dela... “
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​Só a história dirá. Ter um olhar mais apurado e poder falar sobre isso já me deixa mais segura de estar num bom caminho.

Ana Paula Grivet
Psicóloga, terapeuta reichiana em formação na EFEN
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