Estágio Supervisionado e Treinamento Clínico-Analítico
O Treinamento Clínico-Analítico na Metodologia Pós-Reichiana se caracteriza por:
A) Participação do Aluno nos cursos e atividades do Módulo Avançado da Formação
B) Participação do Aluno no Estágio Supervisionado da EFEN (Supervisões Clínicas semanais)
C) Estar atendendo à sua Terapia Pessoal de Base com um terapeuta didata da EFEN
O Estágio Supervisionado é um importante requisito da Formação e consiste no ingresso do aluno na prática terapêutica. Os alunos que pretenderem se tornar terapeutas, deverão participar do Treinamento Clínico-Analítico nas técnicas reichianas e pós-reichianas e realizar atendimentos na Clínica Social da EFEN pelo período mínimo de 1 ano.
As Supervisões ocorrem em encontros periódicos nos quais os terapeutas em formação são acompanhados em grupo por um dos supervisores da EFEN. Nos encontros, os terapeutas terão a chance de discutir seus casos, esclarecer dúvidas e receber orientações de modo a aprimorar o manejo da análise e da prática clínica. Neste espaço é possível confrontar a teoria com a prática, aperfeiçoando, cada vez mais, os atendimentos clínicos.
Quais são os objetivos dos encontros semanais do Estágio?
Os encontros do Estágio Supervisionado possuem 3 funções principais:
Treino, Supervisão de Casos Clínicos e Trabalho de 3º Campo.
O que é o treino? O treino aqui tem um papel bastante diferente das aulas teóricas semanais. Enquanto as aulas teórico-técnicas (que são os cursos dos Módulos Básicos e Avançados da Formação) se dedicam a passar um conhecimento elaborado e estruturado sobre o pensamento e a metodologia reichiana e pós-reichianas, um treinamento não depende de um professor que transmita aos alunos uma matéria. O treino se dedica a ajudar o terapeuta em formação a observar seus comportamentos, abrir a percepção para novas possibilidades terapêuticas, propor experimentos, propor questionamentos não habituais, a observação dos próprios sentimentos e a abertura de novas saídas práticas e experienciais, não teóricas.
O que é a supervisão de casos clínicos? Desde o momento em que entram na Clínica Social, os terapeutas em formação recebem indicação de pessoas que buscam atendimento e devem aprender a elaborar seus casos clínicos, organizando a escrita dos casos, com a construção de uma hipótese diagnóstica caracterial-energética, possível prognóstico de tratamento, condução dos actings, clareza sobre as transferências do paciente e clareza sobre suas próprias questões de contra-transferência. O supervisor irá trabalhar a orientação dos casos não apenas a partir dos aspectos clínicos dos pacientes, mas, sobretudo, a partir dos aspectos emocionais, energéticos e caracteriais do próprio terapeuta, analisando os possíveis empecilhos do último, ao caso.
O que é o trabalho de 3º campo? É a necessidade de trabalhar no terapeuta em formação os aspectos de responsabilidade consciente sobre o que sente e sobre o que expressa na coletividade. Uma das quatro bases principais do paradigma reichiano é a política não partidária, isto é, o que a pessoa cria em seu campo emocional e social com os sub-produtos da suas defesas reativas, como atua a partir de expurgos de sua própria energia estagnada, o tornar consciente quais são os propósitos do que sente e de como expressa socialmente o que sente.
Enquanto que as questões de 1º campo envolvem o âmbito do "eu-comigo", e as questões de 2º campo envolvem o âmbito do "eu-com alguma figura familiar", as questões de 3º campo envolvem o âmbito do "eu- com o outro de mim" ou do "si- com o outro de si", que não é nem um diálogo individual nem com um familiar, mas com o social.
Infelizmente em nossa cultura, na maior parte das educações, não fomos ensinados a nascer para o social de forma responsável e muitas vezes exigimos contratos de 1º e 2º campo com o coletivo. Isso se torna um problema no manejo terapêutico e deve ser abordado no trajeto da Formação.
O trabalho de 3º campo implica que os terapeutas saibam reconhecer e manejar seus sentimentos, reconhecendo as comunicações que partem do cerne, ou de reatividade da própria couraça, observar que contratos emocionais constroem com as pessoas e com o grupo terapêutico no qual estão inseridos.
O que é a supervisão de casos clínicos? Desde o momento em que entram na Clínica Social, os terapeutas em formação recebem indicação de pessoas que buscam atendimento e devem aprender a elaborar seus casos clínicos, organizando a escrita dos casos, com a construção de uma hipótese diagnóstica caracterial-energética, possível prognóstico de tratamento, condução dos actings, clareza sobre as transferências do paciente e clareza sobre suas próprias questões de contra-transferência. O supervisor irá trabalhar a orientação dos casos não apenas a partir dos aspectos clínicos dos pacientes, mas, sobretudo, a partir dos aspectos emocionais, energéticos e caracteriais do próprio terapeuta, analisando os possíveis empecilhos do último, ao caso.
O que é o trabalho de 3º campo? É a necessidade de trabalhar no terapeuta em formação os aspectos de responsabilidade consciente sobre o que sente e sobre o que expressa na coletividade. Uma das quatro bases principais do paradigma reichiano é a política não partidária, isto é, o que a pessoa cria em seu campo emocional e social com os sub-produtos da suas defesas reativas, como atua a partir de expurgos de sua própria energia estagnada, o tornar consciente quais são os propósitos do que sente e de como expressa socialmente o que sente.
Enquanto que as questões de 1º campo envolvem o âmbito do "eu-comigo", e as questões de 2º campo envolvem o âmbito do "eu-com alguma figura familiar", as questões de 3º campo envolvem o âmbito do "eu- com o outro de mim" ou do "si- com o outro de si", que não é nem um diálogo individual nem com um familiar, mas com o social.
Infelizmente em nossa cultura, na maior parte das educações, não fomos ensinados a nascer para o social de forma responsável e muitas vezes exigimos contratos de 1º e 2º campo com o coletivo. Isso se torna um problema no manejo terapêutico e deve ser abordado no trajeto da Formação.
O trabalho de 3º campo implica que os terapeutas saibam reconhecer e manejar seus sentimentos, reconhecendo as comunicações que partem do cerne, ou de reatividade da própria couraça, observar que contratos emocionais constroem com as pessoas e com o grupo terapêutico no qual estão inseridos.
Treinamento Clínico-Analítico
Os encontros para as Supervisões Clínicas ocorrem semanalmente, durante um período de aproximadamente 2 horas por semana e os alunos pagam um valor mensal, em separado da mensalidade das aulas e do valor da Terapia Pessoal de Base. Buscaremos, sempre que possível, posicionar o horário da supervisão próximo das aulas dos cursos avançados, de modo a facilitar o tempo dos alunos.
Os pré-requisitos para que o aluno se candidate ao Treinamento Clínico-Analítico (Estágio Supervisionado) são:
1) Estar cursando o Módulo Avançado da Formação e estar atendendo ao mínimo de 70% das presenças e entrega de trabalhos,
2) Estar em Terapia Pessoal de Base com um Terapeuta Didata da EFEN e
3) Avaliação positiva dos professores e do Terapeuta Didata do aluno, que tem por objetivo verificar o grau de comprometimento e maturidade do candidato para iniciar seus atendimentos clínicos na Clínica Social e se submeter às Supervisões semanais.
O aluno poderá participar do Treinamento Clínico-Analítico enquanto estiver cursando os cursos didáticos do Módulo Avançado da Formação. Ele tanto poderá, ao longo do Módulo Avançado, ser convidado a ingressar nos atendimentos do Estágio Supervisionado, quanto se candidatar ao ingresso, se sentir que está pronto, contudo, necessitará da Avaliação positiva dos professores e do seu Terapeuta Didata.
Os terapeutas que concluírem o Estágio Supervisionado e desejarem aprimorar seus conhecimentos clínico-analíticos, poderão seguir participando dos grupos semanais e outros trabalhos em grupo na EFEN.
O que é a Terapia Pessoal de Base?
A Terapia Pessoal de Base funciona da mesma forma que um atendimento em Clínica Tradicional, é um processo terapêutico na metodologia da Vegetoterapia Carátero-Analítica, no qual o paciente/aluno trabalhará suas questões individuais afetivas e emocionais, pela via da fala, pela via do corpo e pela via relacional. O valor da Terapia Pessoal de Base, assim como seria em um atendimento Clínico Tradicional, é separado do valor das mensalidades das aulas e das Supervisões Clínicas semanais, quando o aluno se encontrar apto a participar das últimas.
Contudo, a Terapia Pessoal de Base cumpre uma função, para o aluno, diferente de uma terapia tradicional na linha reichiana. Esse processo terapêutico é feito com um Terapeuta Didata da EFEN, que pode ser um supervisor, um professor ou um membro mais antigo da Escola. O Terapeuta Didata, juntamente com o Supervisor, é o responsável por fazer a trajetória do terapeuta dentro da EFEN. É ele quem vai, além das questões correntes que surgem em terapia, discutir as dificuldades de estudos do aluno, desvios de técnica, dificuldades de engajamento e aprofundamento em situações emocionais de contra-transferência particulares que não devem ser abordadas na Supervisão Clínica coletiva.
O papel principal da EFEN é formar bons profissionais comprometidos com o pensamento reichiano e pós-reichiano, com rigor técnico, com adequado engajamento emocional e com uma boa capacidade de trânsito em situações de 3º campo. Por essa razão, é necessário que o aluno saiba que o processo de tornar-se terapeuta não é simples, muitas vezes não é fácil, pois as demandas vão além de uma compreensão apenas teórica. Contudo, certamente é um processo que trará segurança e amadurecimento nos atendimentos clínicos e na prática de vida da pessoa.