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Para comunicar-se e relacionar-se é necessário ouvir as próprias necessidades: uma visão reichiana da CNV

12/3/2020

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É um tanto comum nas relações pessoais como nos ambientes de trabalho ouvir uma reclamação sobre a dificuldade de comunicar-se. Vire e mexe temos aquela sensação de que não fomos entendidos e na mesma via ouvimos do outro que não estamos entendemos muito bem.
​  – "Ah, eu falei A e fulano só entende B como é que pode isso?"
Muitas vezes até estamos com a melhor das intenções possível e não conseguimos nos fazer entendidos/entender. E porque isso acontece? Pois, frequentemente em nosso dia a dia nos comunicamos de forma desatenta e/ou muitas vezes impositiva daquele jeitinho bem automático sem dar muita bola para isso.
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Se pararmos um pouco para analisar, quantas vezes em nosso dia-a-dia nós utilizamos da escuta ativa? Ouvindo a mensagem que outro tem a dizer até o fim, sem interrompê-lo, sem argumentar ou tentar se explicar/defender enquanto o outro fala, silenciando todo diálogo interno? Será que costumamos nos certificar que entendemos a mensagem antes de reagir? 
Se o dialogar com terceiros muitas vezes se faz complicado, neste mesmo caminho podemos pensar que nosso diálogo interno também não deve estar lá essas coisas… No pensamento reichiano saber reconhecer os próprios sentimentos e sensações é a base para uma conexão com o outro mais profunda e satisfatória.

Fazendo um paralelo com estas ideias, não posso deixar de citar o psicólogo Marshall Rosenberg criador da

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Comunicação Não-Violenta (CNV). O método que ele desenvolveu consiste em um processo de comunicação que ajuda as pessoas a trocarem informações necessárias para resolução de conflitos e diferenças com base nas relações de cooperação e parceria. Atualmente tem sido bastante utilizada como ferramenta de mediação em diversos setores como escolas, presídios, entre pais e filhos e etc. Para Marshall, precisamos observar nossas reações automáticas e repetitivas para construir respostas conscientes o que geraria ações mais coerentes com o que sentimos e desejamos o que seria um preceito básico para trocarmos com o outro genuinamente. Bem reichiano né?

O CNV tem sido aplicado em diversos países ao redor do mundo e nos ajuda a repensar nossas práticas em relação a como nos expressamos e ouvimos aos outros através de 4 componentes:
1. Observação: Observar de maneira descritiva e não julgadora.
2. Sentimento: Como nos sentimos em relação ao que estamos observando?
3. Necessidades: O que realmente é importante para nós, nosso valor.
4. Pedidos: O que pode atender nossa necessidade.
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Esses 4 componentes da CNV são a chave para uma melhor comunicabilidade e com isso melhores relações. Aprender a observar antes de reagir (agir ao invés de reagir) ao mesmo tempo em que se tem clareza das próprias necessidades e sentimentos são indispensáveis para comunicar o que precisamos/queremos. Afinal, quantas vezes já vivemos situações em que não sabemos qual é a nossa necessidade e nem o que estamos pedindo ao outro, ao mesmo tempo que esperamos que o outro resolva? É uma lógica bem infantil, mas bem comum. Ou quantas vezes nós já pedimos o que não queremos em vez de pedir exatamente o que queremos? Marshall chama de comunicação alienante da vida essa comunicação que não tem conexão com o outro nem consigo mesmo.

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Reichianamente, entendemos que quanto mais profundo é o nosso contato consigo mesmo melhor percebemos nossas necessidades. Ou seja, o Reich chama de cerne biológico o que temos de mais profundo de onde saem os nossos impulsos espontâneos. Necessidades de amor, aceitação, sentir-se amado pelo que é, acolhido, protegido, etc

​Quanto mais estamos em contato com o cerne mais percebemos essas necessidades que são comuns aos seres humanos. Porém ao longo da vida, principalmente na primeira infância, quando vivemos situações amedrontadoras ou dolorosas criamos defesas a fim de evitar o medo e a dor. O que era uma inteligência do corpo de se fechar para não entrar em sofrimento, pode virar um automatismo. A partir do momento em que essas situações se tornam repetitivas em nossas vidas criamos defesas que passam a ser crônicas. Logo ao menor sinal de que uma situação pode se repetir reagimos.

Assim essas defesas crônicas (e automáticas) dificultam o contato com a gente mesmo por proteção. Portanto fica difícil acessar as necessidades básicas dificultando o reconhecimento dos nossos sentimentos. A Capacidade de ler a si mesmo é um ponto chave da Terapia Reichiana que  auxilia o indivíduo a ler e observar seus sentimentos e sensações.
​

Ser capaz de ver o que esses afetos produzem a si mesmo e aos outros com os quais se relaciona.
​ 
Possibilidade de encontrar profundidade e maior satisfação consigo e com seus afetos.
 
Para se conhecer genuinamente algo/alguém é preciso estar vulnerável (aberto) para afetar e se deixar afetar.


Tanto a CNV como a terapia reichiana buscam resgatar o que há de mais genuíno nas pessoas: suas emoções, valores e a capacidade de se expressarem com honestidade. Para Reich estar em contato com o que a gente tem de mais profundo é estar em contato com nossos impulsos espontâneos e saudáveis, estar contato com a gente mesmo significa também estarmos abertos para uma a troca potente e verdadeira o que na expressão popular seria agir de peito aberto. É por isso que trouxe os pensamentos de Reich e Marshall, porque ambos mesmo que de formas diferentes tocam nesse ponto de se ter clareza dos próprios sentimentos, das próprias necessidades e com isso tem-se a possibilidade de identificar a própria reatividade para ter respostas mais conscientes e coerentes com a realidade.

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Quando a gente tem clareza das nossas necessidades e reatividades a comunicação flui porque estamos abertos a trocar com o meio. Se estivermos fechados pro mundo não conseguimos ter boas relações e conexões.

​Dominique Marques

Psicóloga, Terapeuta Reichana na EFEN
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