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O que vem antes da volta por cima? A clínica reichiana para casos de depressão

2/2/2017

1 Comentário

 
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Sorrow — Image by © Illustration Works/Corbis

Funciona assim: você faz o que todo mundo faz, paga suas contas, assiste suas séries no Netflix, toma sua cervejinha tranquilamente… Você vive sua vida de boa, sem grandes problemas. Só aqueles normais que todo mundo tem. Aí acontece alguma coisa que acontece na vida de todo mundo, como um término de relacionamento e isso acaba com a sua paz. Você fica mal.
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Daí você pensa que isso é uma fase. Toda hora você diz “agora eu já estou bem”, mas continua sofrendo. Só que essa fase está durando muito mais tempo que o próprio relacionamento durou. Dirão que se trata apenas de “dor de cotovelo”. Mas você sabe que o sofrimento não é mais por causa do relacionamento. Você nem quer voltar à relação, nada disso.
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Término de relacionamento, nesse caso é só um exemplo. Pode ser outro acontecimento também como ser demitido de um emprego, uma briga ou o cancelamento de uma viagem que você sonhava fazer. O motivo não importa. O que acontece é que para pessoas com um quadro depressivo este pode ser apenas o estopim para desencadear uma crise. E pode demorar bastante tempo até a pessoa perceber isso.

Muitas vezes soma-se a esse estado uma questão de saúde como asma, problemas de coluna, dores de cabeça ou no peito. A pessoa procura um médico que no máximo vai tratar os sintomas sem nem perguntar como o paciente está psicologicamente. Tudo isso acaba fazendo a pessoa ficar sem vontade de sair de casa. Também, sair pra que? Muitos não querem perturbar os amigos com um monte de lamentações. O isolamento só aumenta e a pessoa em depressão pensa muito tentando entender o que está acontecendo. Mas pensar tanto cansa. E é por isso que todo dia mesmo tendo dormido oito horas a pessoa ainda está com sono. Talvez ela se culpe por preguiça, mas é importante saber que isso não é preguiça, esse é só mais um sintoma da depressão.

Quando recebemos pacientes neste estado na clínica, é feito um trabalho de acolhimento e aporte de energia, até que ele possa se estruturar de novo, isto é, conseguir fazer as coisas normais. Essa é uma etapa importante do trabalho, porém há outra parte, depois de um tempo, quando a pessoa já está um pouco melhor. Esse é o momento de atravessar a barreira do “normal”.

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Aí é quando se faz necessário, na clínica, reconhecer a queda, como na canção de Paulo Vanzolini. Através da técnica da Análise do Caráter reichiana, o paciente começa a se dar conta de determinadas atitudes que lhe fazem mal e se vê diante da necessidade se mudar seu jeito de ser. Tem muita gente que sai da terapia justamente nessa hora. É compreensível, pois, depois de tanto tempo “pra baixo” e pensando tanto, tudo que a pessoa quer é voltar a ser como era antes, ficar numa boa e não pensar mais em nada. Todo mundo quer dar a volta por cima, mas poucos querem reconhecer a queda. E o que acontece como essa pessoas? Se não fazem transformações na vida acabam voltando para o buraco.

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Isso acontece porque é a forma como você leva sua vida que acaba te deixando cair em depressão. Não se trata de culpabilizar a pessoa doente nem ignorar os fatores biológicos e sociais relacionados a esta patologia. Porém, uma vez que a pessoa se descobre depressiva, isso demanda um mudança de atitude geral. Como alguém com um problema cardíaco, por exemplo, que sabe que vai precisar se alimentar melhor e fazer exercícios para evitar um enfarte. É fato que há pessoas que comem torresminho e bebem cachaça até os noventa anos sem enfartar. Mas quem sabe que é cardíaco não pode se dar esse luxo.

Tenho alguns pacientes que entraram na terapia devido a um ou outro episódio depressivo, melhoraram da crise mas acabaram pegando o gosto pelo autoconhecimento. Numa terapia como essa, o sofrimento começa a fazer sentido pois se transforma em aprendizado. A pessoa percebe que fazer o que todo mundo faz pode ser exatamente o que a leva à depressão. E pensando bem, isso é bastante lógico, porque a gente vive numa sociedade muito doente. Daí, ao invés de ficar ressentido por não poder fazer certas coisas normais, o paciente acaba entendendo que pode levar uma vida ainda melhor com mais abertura e criatividade. Para isso, é preciso se admitir um ponto fora da curva e se permitir inventar um novo jeito de viver.

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Esse é o trabalho da clínica reichiana para os casos de depressão. Ajudar a tirar as pessoa das ideias repetitivas que só geram culpa e sofrimento sem transformação prática e trazê-las para o chão. Fazê-las reconhecer a queda existencial, coloca-las de frente para a própria merda e, assim, tornar possível o impulso do salto pra fora poço. Esse é o trabalho do terapeuta reichiano. Ajudar a transformar aquela merda de baixo do tapete em adubo. E fazer todo mundo florescer.
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Alice Souto

Doutora em Psicologia, professora e terapeuta reichiana  (EFEN)                                                                         ally_paiva@yahoo.com.br

1 Comentário
maria auxiliadora moreira da silva araujo
1/2/2018 11:07:58 am

Amei!

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