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O amor e o trabalho como fontes de saúde

19/6/2012

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“O amor, o trabalho e o conhecimento são fontes de nossas vidas. Deviam também governá-las.” (Wilhelm Reich)

A frase acima pode ser considerada um emblema da teoria Reichiana. Com ela a EFEN dá início ao primeiro número da Fluxo, nossa Revista Virtual que propõe discutir temas atuais com base no pensamento reichiano.
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TRABALHO

É possível que o trabalho seja fonte de vida quando freqüentemente se tem a sensação de que trabalhar é uma obrigação extenuante e por vezes desagradável? Reich diria que sim.
Pesquisadores atuais da área da Psicologia do Trabalho também. Isso porque em certos momentos, apesar de estarmos executando uma tarefa por obrigação, podemos nos alegrar com o trabalho bem feito. Nessas horas em que superamos uma dificuldade, há um desenvolvimento que não se restringe à situação profissional. Até o lazer ganha um colorido especial.

De acordo com a teoria reichiana, todos os aspectos da vida se beneficiam do desenvolvimento que uma pessoa pode ter no trabalho, o que não ocorreria se não houvessem obstáculos aos quais somos impelidos a nos contrapor. Um exemplo disso é quando precisamos entregar uma tarefa e, com a proximidade do prazo, as idéias proliferam rapidamente.

A atividade de trabalho pode ser entendida como uma subversão, ou seja, apesar das normas impostas, é o jeito que a pessoa encontra para inserir na tarefa alguma coisa de si mesmo. O sofrimento no trabalho, neste caso, acontece quando há alguma coisa que quase impossibilite este processo de criação, isto porque não há nada que possa abolir completamente nossa atividade, nem nos transformar em autômatos. Esta forma de compreender a atividade é formulada assim por alguns pesquisadores franceses (Yves Schwartz com a Ergologia, Yves Clot com a Clínica da Atividade) e apresenta forte consonância com o pensamento reichiano.


AMOR

O termo “fonte” na frase de Reich não está colocado por acaso, ele faz referência ao conceito de energia utilizado pelo autor. Trata-se de uma energia vital que circula no organismo em contato com todos os seres do Universo. A partir do conceito de libido descrito por Freud, Reich se voltou para o estudo desta energia à qual chamou de Orgon.

Freud com o conceito de sublimação afirma que, ao voltar a energia sexual (libido) para o trabalho, religião e criação artística há um processo de dessexualização. Na prática, a conceituação de Freud indica a existência de uma dicotomia entre o campo da sexualidade e o da arte/cultura/trabalho/religião. Para Reich tal afirmação não seria possível, uma vez que as diferentes esferas da vida funcionam em conjunto, não sendo possível separar (apenas diferenciar) tais atividades. Existe uma mesma potência – Potência Orgástica – que se desenvolve na realização prática da atividade de amar, trabalhar e conhecer; de modo que se há o impedimento da potência de alguma dessas atividades, o prejuízo é a perda da potência de todas as outras. Ou seja, o prazer sexual e a realização intelectual, artística e social são interdependentes.

Reich compreendeu isto a partir do contato contínuo com os pacientes na clínica. Ele percebeu que, conforme desenvolviam a possibilidade de entrega genital – ou seja, a experiência orgástica – ocorriam mudanças de atitude para com o trabalho. O trabalho florescia sempre que era realizado de forma a absorver os interesses do paciente. Se, ao contrário, fosse realizado de forma mecânica e automática, este se tornava intolerável, de modo que a solução passava a ser buscar outra atividade ou resignar-se.

Amor e trabalho estão intimamente relacionados e compreender o funcionamento do último serve para compreender, da mesma forma, as relações amorosas. Explicando melhor, muitas vezes a possibilidade de ter prazer está ligada a questões próprias das atividades vitais, tal como a atividade profissional, não necessariamente estando ligadas a causas fisiológicas e/ou relativas ao parceiro(a). Este pensamento, embora possa parecer simples, apresenta várias implicações que nem sempre são consideradas, sobretudo no que diz respeito ao modo como atualmente são vistas as patologias sexuais, como impotência, ejaculação precoce, dificuldade de orgasmo, dentre outras.

O conhecimento, de acordo com a lógica reichiana, está relacionado com a capacidade de sentir e, portanto, não podendo ser visto como algo separado da vivência e da experiência. Não se trata de uma compreensão racional, mas sim de um saber que serve às escolhas que se deve fazer na vida. Podemos tomar os livros de auto-ajuda como exemplo. Embora possam transmitir uma profusão de conhecimentos profundos e vitais, uma pessoa pode saber de cor todas as “palavras de sabedoria” sem que necessariamente esse saber venha a ter efeitos práticos e/ou duradouros em sua vida.


GOVERNAR A VIDA

A política de qualquer trabalho embasado em Reich deve ter como parâmetro a saúde. Tomando emprestada a definição de Georges Canguilhem, saúde é dar-se ao luxo de poder cair doente e se recuperar. Ou seja, a saúde psíquica não significa estar feliz todo o tempo, nem tampouco se afastar da experiência de sentimentos como dor, tristeza ou raiva. Muitas vezes, é em relação a este afastamento que as pessoas recorrem e são incitadas a recorrer à psiquiatria e à psicofarmacologia. O objetivo de uma terapia não é fazer com que a pessoa adapte às circunstâncias, se torne acrítica e de acordo com o funcionamento das práticas que o cercam, como por exemplo, um funcionário que trabalhe em uma empresa.

A partir da capacidade sensível de entrar em contato tanto com sentimentos agradáveis, quanto desagradáveis, a pessoa é capaz de identificar o que lhe faz bem e lutar pelas relações que lhe tragam felicidade. A saúde é sempre uma relação. É, por exemplo, a possibilidade de se apaixonar, se entregar e, diante da negativa do ser amado, poder amar outra pessoa.

O livre fluxo de energia no corpo é a premissa de uma vida saudável. Da mesma forma, saúde significa permitir que amor, trabalho e o conhecimento sejam fontes de nossa vida. Quando algo prejudica alguma área de nossa existência, o organismo como um todo deve se empenhar na recuperação. Se tais aspectos são vivenciados isoladamente, temos nossa potência diminuída. Podemos pensar em um rio com uma barragem, por exemplo, que não pode ser caudaloso nem fluir livremente.

Nossa potência depende da sensibilidade que muitas vezes é embarreirada por nós, como forma de nos defendermos contra sentimentos e sensações negativas. É preciso compreender que a dor é inerente às perdas e circunstâncias difíceis da vida, sem bloquear-se e estagnar-se em sofrimentos inúteis. A saúde, portanto, depende da possibilidade de deixar governar-se pelas fontes da vida.


Alice Paiva

Mestre em Psicologia e Terapeuta Reichiana pela EFEN – Escola Pós-Reichiana Federico Navarro

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