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Fazer terapia: será que muda mesmo?

19/11/2012

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Na terapia reichiana, a afirmação 
“eu sou assim”
 não é um argumento. Há outras linhas psicoterapêuticas que são adequadas a pessoas que desejam apenas “se conhecer melhor” e passar anos descobrindo os motivos porque se é “assim”. Mas, para a clínica reichiana, passar a entender as possíveis causas dos problemas que vivemos não é o suficiente. Esta abordagem visa gerar as mudanças necessárias para potencializar a saúde da pessoa.
Isso não significa somente fazer a pessoa se sentir melhor e, sim, provocar mudanças que sejam notadas no entorno social. Um processo terapêutico pode ser considerado bom quando o namorado, um colega de trabalho ou, até mesmo, o seu porteiro percebem que você está mudado.

      “Fulano era o maior ‘mão de vaca’, mas agora entra na vaquinha do lanche sem reclamar”.

Suscitar esse tipo de fala, por exemplo, é sinal de que a terapia está se desenvolvendo bem, com impactos positivos no entorno social. Como isso acontece?


Seu terapeuta reichiano começa a implicar com a sua mesquinharia. Toda sessão ele dá um jeito de te lembrar disso. Ele diz que o ponto não é só o dinheiro, mas que você também está sempre calculando o quanto deve se doar nas relações. Isso o que acaba causando tensão e cansaço no seu contato com os outros. Ele diz que isso faz muito mal para a sua saúde e tem tudo a ver com problemas como prisão de ventre, gastrite crônica e, até mesmo, dores na coluna lombar. É claro que você acha tudo muito chato, fica com raiva e pensa em largar essa terapia cara. Mas, justamente nessa semana, sua gastrite ataca e você começa a achar que ele pode ter razão.

Quem nunca se pegou tenso ou ansioso, com os ombros contraídos ou balançando as pernas sem perceber? São coisas que fazemos com os nossos músculos voluntários, aqueles que podemos controlar através da consciência. Agora, imagine o efeito dos estados emocionais nos músculos involuntários ou nos órgãos do corpo. A medicina tradicional insiste em entender as doenças em termos de causa e efeito. Age segundo um princípio bélico-mecanicista: querem sempre localizar e exterminar o microorganismo inimigo. Mas, é fato que você pode conviver pacificamente com diversas bactérias no seu estômago, por exemplo, sem que elas te causem nenhum mal. Porém, determinadas situações afetivas podem gerar pequenas contrações e espasmos nas paredes do estômago, criando um terreno propício para a proliferação de bactérias. Nestes casos, o uso de algum remédio é imprescindível, mas também é preciso criar outra forma de lidar com afetos, para evitar o que todos os remédios provocam: dependência e efeitos colaterais a longo prazo.

E, assim, depois de meses de terapia e uma crise de gastrite nervosa, você começa a perceber quantas coisas na vida já perdeu, justamente, por medo de perdê-las. Essa constatação lhe faz sentir tremendo mal estar. O seu terapeuta está ali, ao seu lado, segurando a sua onda. Apesar das coisas insuportáveis que você teve que escutar dele, não tem como negar que é uma pessoa em quem você pode confiar. Além disso, você começa a perceber que seu terapeuta, apesar de conhecer todos os seus defeitos, realmente se importa e acredita em você.

Um belo dia, ao invés de deixar o seu colega na esquina, você o deixa na porta de casa. Sabe muito bem que isso não faz de você um cara menos “muquirana”, mas, pelo menos, já consegue fingir que não se importa com os sete reais a mais de gasolina. A partir de então, você começa a tentar ser uma pessoa generosa. Ao contrário do que imaginava, começa a notar que nem todo mundo quer se aproveitar disso. Quando se está um pouco mais relaxado, o contato com as pessoas passa a ser menos desgastante e a situação global de tensão se ameniza.

Nesta perspectiva, portanto, o terapeuta não é aquele que escuta e compreende, no sentido de apoiar, tudo o que o paciente diz e faz. O autoconhecimento não é simplesmente entender porque se sente e age de uma determinada forma para conviver melhor com isso. O terapeuta deve ter coragem de mostrar claramente que há coisas que não se entende ou justifica. Viver na defensiva, preocupado se os outros vão tirar vantagem, por exemplo, é muito estranho. Certamente, há uma explicação para isso que, provavelmente, está ligada ao contexto familiar e à infancia, entretanto, isso não é justificativa para manter estilos de ser e estar no mundo que são prejudiciais à saúde e às relações sociais.

Na visão reichiana, mesquinharia é um sintoma, assim como a azia, e indicam um adoecimento global da pessoa. Se você acha que ser “mão fechada” é o seu jeito e não te incomoda tanto assim, é preciso saber que este traço de caráter está relacionado com muitas coisas das quais você se queixa. Acostumar-se com soluções paliativas é apenas adiar o agravamento das doenças futuras: da úlcera à depressão. Saúde não é a ausência de conflitos, problemas ou mal-estares no corpo, mas sim, a disposição para encará-los, realizando as transformações necessárias em si mesmo e no meio em que se vive.
​

Alice Paiva

Mestre em Psicologia e Terapeuta Reichiana pela EFEN – Escola Pós-Reichiana Federico Navarro

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