Toda mãe, pai ou qualquer cuidador, gosta que as crianças tenham autonomia e autoproteção, correto? Mas educar uma criança de forma diferente tem consequências. Normalmente quando a criança aprende a se colocar, ela pode desestabilizar algumas condutas que estão inadequadas dos pais ou dos cuidadores. O quanto você está disposto(a) a mudar para que a sua criança seja saudável? |
Então, primeira pergunta: Como você reage ao “não” de uma criança?
Não é fácil ouvir “não” ou “não, me respeite”, de uma criança pequena, se você não está acostumada(o) a ouvir e a validar o que a criança diz.
Digo isso, porque a maioria de nós que viveu como crianças nos anos 70 e 80, teve uma educação autoritária, não tivemos, na maioria das vezes, adultos que validaram o que sentimos, apenas impuseram ordens e muitas vezes, violências físicas.
Quando invalidamos a emoção e uma vontade justa da criança, deixamos de conversar com ela e entendê-la. Precisamos fazer isso, até para compreender o que não iremos atender e que limites não iremos ultrapassar. Para dizermos “não” ao “não da criança”, precisamos criar clareza antes e não apenas, muitas vezes, repetimos um padrão que recebemos na nossa infância.
Algumas orientações que podemos mudar: - Não obrigue a sua criança a beijar e abraçar ninguém; - Não a obrigue a emprestar seus brinquedos favoritos; - Não a obrigue a comer por meio de ameaças; - Não obrigue a vestir somente as roupas que você, adulto, quer. - Não obrigue a criança a engajar numa conversa com quem ela não conhece. |
Qualquer adulto que fosse forçado por um outro adulto a fazer qualquer desses pontos, provavelmente ficaria irritado, com razão. Por que seria diferente com as crianças?
Quando a criança aprende a dizer não, a se posicionar e a falar do que está sentindo, é muito comum que os pais e cuidadores se apavorem. A reação (por medo ou raiva) do adulto diante disso pode ser: debochar, invalidar, gritar, calar, ameaçar, chantagear, chorar... Parece mentira, mas não é. Essas reações são muito mais comuns do que parecem. |
Busque conhecer um pouco mais sobre como se relacionar com a criança, entendendo sua fase de desenvolvimento. Como pais e educadores, não somos perfeitos, mas podemos aprender melhores formas de educarmos, se pudermos nos relacionar melhor com as crianças.
Proteja uma criança, sempre!
Jennifer Paixão Carnero
Psicóloga e criadora do canal @educar_para_proteger
José Vicente Carnero
Terapeuta Reichiano e Professor da EFEN