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Carnaval: quem é você?

17/2/2013

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  “- Quem é você? – Adivinha, se gosta de mim! Hoje os dois mascarados procuram os seus namorados perguntando assim.” Chico Buarque

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Muitas pessoas criticam o carnaval por ser uma época de banalidade e de alegria sem propósito. Esta opinião pode ser bem vista em meios que supõem um alto nível intelectual. De fato, trata-se de um questionamento justo. Afinal de contas, o que celebra a multidão? 
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O folião que se preza nem se dá ao trabalho de fazer esta pergunta. Está alegre demais para ficar pensando tanto. Mas quem conhece um pouco da cultura carnavalesca, não necessariamente por estudo, mas por vivência, pelas letras das músicas e pela história, sabe que esta é a celebração do coletivo pela alegria, apesar da tristeza. O carnaval não precisa coincidir com um momento feliz da vida de cada pessoa, mas sim celebrar o que há de felicidade na vida de todos. A alegria que já foi e a esperança da que será.

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No Carnaval pode tudo.  O carnaval é o festejo do Dionisíaco, das forças de dissolução celebradas desde antes do Cristianismo pelas religiões pagãs. Estas reconhecem a potência criadora dos momentos de caos e confusão. Ao estipular coletivamente um período de tempo  específico para a flexibilidade dos padrões morais tentamos  responder a pergunta que todo ser humano se faz: quem é você?  Há sempre um risco em transcender regras e modos de funcionamento habituais, mas ao mesmo tempo esta experiência pode abrir uma possibilidade de conhecimento de si mesmo. Se apenas uma vez, em uma circunstância especifica como o carnaval, se age de uma forma completamente inusitada, isso abre toda uma possibilidade existencial para toda a vida.

Em todos os outros dias do ano, eu e os outros nos identificamos com nossas máscaras cotidianas de cidadãos civilizados. Mas, no carnaval, podemos em pleno dia de semana, percorrer avenidas que costumam ser abarrotadas de automóveis de acordo com as nossas fantasias, sem sermos considerados loucos. Além de libertador isso também aproxima as pessoas e representa um ganho de consciência pela (mesmo que breve) mudança de perspectiva.

Tanto riso. Oh! Quanta alegria! Mais de mil palhaços no salão. Arlequim está chorando pelo amor da colombina.  No meio da multidão. Carnaval também é a história de Pierrot, Arlequim e Colombina, personagens oriundos do  estilo teatral conhecido como Commedia dell’Arte, nascido na Itália do século XV.  O triangulo amoroso eterniza a duplicidade do amor romântico na figura do Pierrot apaixonado (o palhaço de coração partido) e do amor carnal na figura do malandro Arlequim. Quem nunca viu esta história antes? Quando acontece com a gente é sempre um caso único, mas se olharmos de fora,  toda história de amor é a mesma, comum e ordinária história de carnaval. E não há nada de negativo no que é comum a todos nós, pelo contrário, o reconhecimento das máscaras que incorporamos é também a possibilidade de retirá-las,  gerando a possibilidade de viver uma nova história. Por mais dolorosa que possa ser uma desilusão amorosa, também essa dor faz parte de toda dissolução necessária para a criação do novo.
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O carnaval se impõe como uma celebração do coletivo,  independente da história individual de cada um.  Há aqueles que fogem. Outros consomem carnaval como se a alegria pudesse ser esterilizada  da tristeza e comprada na área vip. Mas eu quero é botar meu bloco na rua, onde ele se faz, de fato, incorporado na figura de cada folião que canta junto as mesmas canções de sempre.  O músico do bloco pode até ter perdido sua Colombina no meio da multidão, mas não pode perder o ritmo ou deixar de mover essa engrenagem coletiva que se chama carnaval. Ao som de pandeiro, tamborim e surdo, o sofrimento pessoal dá uma trégua e se distrai em meio a todas as outras personas possíveis. Depois tudo volta ao normal, porque até o carnaval tem que acabar. Mas felizmente sempre resta alguma purpurina. Até o ano que vem.
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Alice Paiva Souto

Mestre em psicologia, terapeuta reichiana e foliã.

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23/6/2022 07:40:02 am

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