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A couraça caracterial e a sua flexibilização

23/12/2019

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​No trabalho com a terapia reichiana, parte fundamental do processo consiste na utilização da técnica de análise do caráter, desenvolvida por Wilhelm Reich. Esta técnica surgiu após um desafio que a Sociedade Psicanalítica enfrentava na época sobre trabalhar as resistências do paciente (REICH, 1975).



Entende-se por resistência de caráter, desde Freud, os maneirismos do paciente que se expressam perante o terapeuta. É  a maneira como o paciente se comporta em uma tentativa de resistir ao processo terapêutico, por exemplo, "de porque duvida, chega tarde, fala de maneira afetada ou confusa, comunica apenas parcialmente suas ideias, critica a análise ou produz material profundo em quantidades incomuns" (REICH, 2014, p. 53)

A couraça de caráter se expressa através da resistência, é o como da pessoa, é a maneira como essa pessoa encontrou para se defender contra os estímulos externos, é um mecanismo de defesa, o que geralmente é percebido como parte de sua personalidade. De acordo com Reich (2014), “o caráter teve de se tornar o que é, e não outro qualquer, por motivos muito específicos” (p.55). O autor fala que a couraça caracterial também exerce uma função econômica energética, ou seja, visa preservar um equilíbrio energético.

Esse modo de comportamento, essas defesas, estão presentes o tempo todo no indivíduo, seja na clínica, no trabalho, em momentos de lazer. O problema que Reich coloca não é que o indivíduo tenha defesas para lidar com determinadas questões, mas é a cronificação dessas defesas, é estar a todo momento armado para o perigo, mesmo sem ele estar presente.

Wilhelm Reich, então, propõe uma técnica para ser trabalhado não apenas o conteúdo do que é falado em terapia mas o como esse paciente fala e se expressa. O objetivo na análise do caráter é fazer com que o paciente olhe para os seus traços de caráter e estranhe esse modo de comportamento. A partir desse estranhamento o paciente pode mudar esse padrão caracterial, mudar o modo como se defende, pois com o que foi desvelado, a origem dessa defesa torna-se mais clara para ele.

A questão é: será que é possível mudar um padrão de comportamento ao dar-se conta dele? De acordo com Reich, a questão não é de uma mudança no padrão comportamental, mas da flexibilização das couraças. Com a flexibilização, o indivíduo tem a possibilidade de criar uma nova relação com essas defesas, percebendo que não precisa se defender o tempo todo. A análise caracterial na terapia reichiana possibilita que o indivíduo desenvolva a capacidade de olhar para si mesmo, dentro e fora da clínica, de observar de forma tranquila suas defesas em relação com o mundo e se questionar de forma orgânica: “eu preciso me defender desta maneira neste momento?”; “no ambiente em que estou eu preciso me comportar desta maneira?”. Essa observação permite uma liberdade cada vez maior do paciente em relação às defesas que carrega, e com isso uma relação cada vez menos rígida, mais criativa e mais prazerosa consigo e com os outros.

Danielle Mariano
Psicóloga, terapeuta reichiana em formação na EFEN
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