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A mulher que adquire amor próprio não transa mais, será?!

29/7/2020

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​Recentemente vi uma postagem circulando nas redes sociais que foi um gatilho para escrever esse texto. Nela dizia:   "A mulher depois que adquire o amor próprio não transa mais."
A frase de ar humorístico faz a gente parar, pensar e questionar sobre a maneira que encaramos o sexo. Nos dias atuais têm crescido os espaços para falarmos sobre a nossa sexualidade e isso se deve principalmente às lutas do Movimento Feminista e toda a militância em prol dos nossos direitos. Se hoje temos mais possibilidades de explorar nossa sexualidade um pouco mais a vontade que na época das nossas mães - no melhor dos casos - com certeza se deve a militância feminista. 

Segundo uma pesquisa realizada em 2016 no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo 55,6% das mulheres brasileiras têm dificuldade para chegar ao orgasmo, 67% tem dificuldade para se excitar, 59,7% sentem dor na relação, 23% admitiram que não conseguem ter orgasmo. Os números são expressivos e demonstram que apesar de estarmos falando mais de sexualidade feminina ainda estamos longe de experienciá-la de forma satisfatória.
Em uma sociedade com bases patriarcais arraigadas que enxerga a sexualidade feminina de forma dicotômica (entre santas e putas) e a "educação sexual" que se atém em falar em doenças e gravidez indesejada ou quando não muito está como defensora da abstinência sexual entre jovens, falar de prazer feminino então… Já dá pra sentir o tamanho da encrenca. Não é para menos, os livros de anatomia em grande parte estão incompletos. Apenas em 1990 pesquisadores foram investigar através de ressonâncias magnéticas a anatomia interna feminina sendo que a anatomia masculina já era investigada desde a década de 70! E graças à essas pesquisas hoje sabemos que o clitóris contém cerca de 8 mil fibras nervosas sensoriais maior que qualquer outra parte do corpo humano e o dobro da quantidade encontrada na cabeça do pênis! Sorte a nossa.
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Apesar dos avanços ainda vivemos nossa sexualidade de maneira muito reprimida e com muita culpa. Passamos grande parte da vida ouvindo o quanto nosso corpo precisa estar dentro dos padrões - o nosso peso, a cor da nossa vulva, a quantidade de pelos no corpo, nosso cheiro e etc Vocês sabiam que existe clareamento anal? Pasmem! Fica difícil gozar com tanto pré-requisito né? Assistam o Ted da pesquisadora Estadunidense Peggy Orenstein, ela nos conta o quanto tem aumentado o número de cirurgias íntimas entre meninas até 18 anos devido ao medo de sofrerem violências e humilhações caso não estejam dentro dos parâmetros ideais.  Outro dado importante que a pesquisadora traz é o quanto as mulheres relatam que se dizem satisfeitas quando os seus parceiros dizem estar satisfeitos. 
www.youtube.com/watch?v=mWA2uL8zXPI&feature=youtu.be
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É muito comum para a mulher que está buscando trabalhar a sua sexualidade se deparar com incontáveis manuais de como obter mais orgasmos porém a maior parte em serviço de um outro. Quem nunca leu na capa da chamada - Como enlouquecer seu homem? - E em uma cultura que a cada 11 minutos uma mulher sofre um estupro somados a vida de assédios e assistindo seu corpo sendo representado como ferramenta de prazer do outro independente da sua vontade, buscar em seu próprio corpo a satisfação é um ato de resistência a toda essa opressão! Quando a mulher começa a sensibilizar e conhecer seu corpo percebe que a relação sexual do jeito mecanicista que é feito é pouco prazerosa para ela. Essa jornada em busca do conhecimento da própria sexualidade, dessa sensibilização, é uma jornada individual mas não quer dizer que precise ser vivida solitariamente. Temos visto como a rede de mulheres tem demonstrado força, olhando à volta e percebe-se que não é só com você, que é um problema coletivo.
O nosso prazer assim como a nossa felicidade passa por auto responsabilização e que - Graças às deusas - não está na mão do outro. Temos que problematizar a romantização das relações onde esperamos que o outro resolva nossos problemas, assim como os papéis de gênero incrustados no sexo onde um adivinha o que o outro quer e outro espera que o outro saiba. É importante olhar para a nossa sexualidade de forma menos automatizada e ir buscando o que gostamos, explorando nossos corpos como em uma pesquisa na qual estamos interessadas. 

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​Voltando à chamada inicial, será mesmo que após entrarmos em um processo terapêutico ou uma jornada de autoconhecimento estaremos fadadas a não termos mais relações sexuais? Pensando nas mulheres heterossexuais que buscam sua satisfação junto ao outro, podem sim sentir dificuldades de se relacionar a princípio - até porque um capítulo a parte pode ser escrito sobre como os homens heterossexuais encaram o sexo -  afinal estamos todos dentro de uma cultura machista. Por isso a importância de começar essa jornada da sensibilidade com nosso próprio corpo, pois quando estamos a serviço do outro desfocamos de nós mesmas e nos afastamos de nosso corpo. Além do fato de que esse contato com o outro também traz uma carga que é machista carregada de opressões e repressões. 
Precisamos estar conectadas com nossas necessidades para saber expressar como esse machismo nos afeta e dessa forma saberemos colocar limites, afetando com isso as nossas escolhas com quem e como vamos nos relacionar a partir disso.
Portanto, é fundamental conhecer a própria sexualidade e as opressões nas relações a partir de si mesma, entendendo também que a masturbação pode ser um bom ponto de partida nessa jornada de sensibilização e autoconhecimento. Quando estamos mais conectadas com a gente mesma passamos da dependência à relações mais horizontais nas quais passamos do desejo de servir e agradar para uma troca potente. Ganhando mais confiança passamos a transar com mais qualidade e com isso mais satisfação. 
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"A mulher sexualmente consciente, que se afirma e é reconhecida como tal, significaria o colapso completo da ideologia autoritária." Wilhelm Reich
​

​Dominique Marques
Psicóloga e Terapeuta Reichiana na EFEN​ 
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