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A covardia do “sujeito homem”

11/9/2012

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​A noção de coragem no mundo masculino está ligada a correr riscos diante dos outros, lidar com o medo e se expor a dor. Os meninos viram que cair machuca, mas sara. Sentiram a admiração dos outros ao conseguirem dar aquele salto. Talvez tenham sofrido com os pontos, mas também tiveram cicatrizes incríveis para mostrar. Elas valeram a pena! Aquele que “peidou” e ficou pra trás, teve como única opção – para evitar a completa destruição de sua moral masculina – não “cair na pilha”, ou seja, demonstrar superioridade, fingindo não se importar com a zoação dos colegas.
O problema é que, assim, fica a idéia de que ser corajoso é só demonstrar valentia e não se importar com os outros. E quando é preciso coragem para reconhecer um erro, aceitar uma crítica ou mesmo desistir de um objetivo? Isso, quase nunca, ensinam aos meninos. Pelo contrário, eles são treinados para agir como se estivessem sempre certos. Como se  mudar de idéia ao ouvir uma opinião diferente fosse “cair na pilha” – uma demonstração de fraqueza. Isso mesmo quando se trata de uma pessoa amiga. Por não querer se deixar influenciar pelos outros, a pessoa vai criando uma couraça, que a afasta dos outros em quem poderia confiar.

Se a namorada o deixou, mesmo tendo motivos, “sujeito homem” não pode admitir que errou. Chorar por causa de mulher, então, nem pensar! Pensando bem, reprimir sentimentos e jogar as coisas para baixo do tapete não pode ser atitude de coragem. Isso é coisa de gente que conserva (mesmo que inconscientemente) o medo de que os coleguinhas apontem e gritem: “viadinho”. Claro que não dá pra ficar se abrindo com qualquer pessoa, feito mala velha. Nem ficar se lamentando e choramingando pelos cantos. Para isso, existem os amigos. Ou seja, outros adultos que são capazes de admitir que também erram,  vivem situações semelhantes e não querem te derrubar.

Mas de que adianta? Tem vezes que não se pode fazer nada. A mulher não vai voltar. Mesmo assim, vale a pena encarar. Não se trata nem de culpar os outros, nem de ficar se culpando. A culpa só nos faz andar em círculos e gera um tipo de sofrimento sem utilidade.  Mas então para que serve admitir o erro? Pode ser doloroso como cair de um skate e quebrar o nariz, mas pelo menos você está tomando as rédeas da sua própria vida, assumindo a responsabilidade – respondendo pelos seus atos.  Admitir um erro é reconhecer que as coisas poderiam ter sido diferentes. E, se isto é verdade, significa que elas ainda podem ser diferentes! Como as situações na vida se repetem (em outros contextos e com outras pessoas), trata-se de repetir diferente.

Então, é preciso parar para refletir sobre certas situações do passado visando mudanças para o futuro. O risco é sentir coisas desagradáveis e, para isso sim, será preciso coragem. Quem quer evitar os riscos acaba se enclausurando, se encouraçando, como diria Reich. Aí, a culpa é sempre do outro e o sujeito homem acaba se achando perfeito, encouraçado como um soldado de chumbo. Essa atitude, entretanto, faz com que a pessoa não aprenda com a experiência e que seus movimentos se tornem cada vez mais limitados.

Coragem não é correr riscos desnecessários. Coragem é reconhecer o erro, pedir desculpas e ter a humildade para pedir ajuda, quando preciso. Nessa lógica, portanto, fazer terapia, por exemplo, é coisa de “macho”. O covarde vai continuar se escondendo atrás de uma cara amarrada e andando em círculos feito um cachorro que corre atrás do próprio rabo.

Alice Paiva

Mestre em Psicologia e Terapeuta Reichiana pela EFEN – Escola Pós-Reichiana Federico Navarro
http://www.orgonomia.com.br/equipe.php

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